Saturday, March 24, 2007

Os sedimentos e as rochas sedimentares são caracterizados pela presença de estratificação - que resulta da formação de camadas paralelas e horizontais, pela deposição contínua de partículas no fundo de um oceano, de um lago, de um rio ou numa superfície continental.
Uma outra caracterísitica das rochas sedimentares é a sua ordenação temporal. Assim numa sequência de estratos que não tenha sido modificada da sua posição original, um estrato é mais antigo do que aquele que está por cima, e mais recente do que o que está por baixo - Princípio da sobreposição.

A água e o vento são os principais agentes de transporte de sedimentos. Quando estes agentes perdem a capacidade de transportar, devido a uma diminuição da velocidade, ocorre a sedimentação.
Com o continuar da sedimentação, os sedimentos dispostos nos estratos inferiores são compactados (diminuição de volume) e cimentados (precipitação de minerais novos em torno das partículas depositadas, colando-as). Ao conjunto de processos que transformam os sedimentos em rochas sedimentares consolidadas dá-se o nome de diagénese.







Cerca de 3/4 da Terra são cobertos por rochas sedimentares que revestem partes dos continentes e dos fundos oceânicos. No entanto, estas formam apenas um película superficial sobre as rochas magmáticas e metamórficas que constituem a maioria do volume rochoso crustal.
Os sedimentos, precursores das rochas sedimentares, encontram-se na superfície terrestre resultantes de fenómenos de meteorização e erosão de rochas pré-existentes assim como de restos orgânicos. Assim são constituídos maioritariamente por areias, siltes e conchas de organismos. Estes primeiros, formam-se à medida que a meteorização vai fragmentando as rochas da crosta, sendo posteriormente transportados pela erosão.









Friday, February 09, 2007



Acácia melanoxylon
Nome da espécie: Acácia melanoxylon, R.Br.
Género: Acácia
Família: Leguminosae (Fabaceae)
Ordem: FabalesClasse: Magnoliopsida
Filo: Magnoliophyta
Reino: Plantae
1.Origem geográfica:Sudeste da Austrália, Tasmânia
2.Forma de introdução: em Portugal:Introdução para fins ornamentais. Cultivada (no passado) como espécie florestal, como árvore de sombra, ornamental e fixadora de solos.

3.Impacto no ambiente:Produz muitas sementes de longa viabilidade no solo (superior a 50 anos), as quais podem ser activamente dispersas por aves, pelo vento, por água e possivelmente por roedores, aumentando assim as áreas invadidas. As sementes germinam após a abertura de espaço e/ou ocorrência de fogo. Rebenta vigorosamente de touco e raiz após o corte. Domina os ambientes invadidos promovendo a perda de biodiversidade. Fixa azoto e altera o balanço de nutrientes no solo, afectando a capacidade de sobrevivência de plantas nativas, principalmente após incêndios.
4.Medidas de combate
4.1· Controlo físico:
Plântulas e indivíduos jovens podem ser arrancados mas é importante que não fiquem raízes no solo. O arranque deve ser feito na época das chuvas de forma a libertar mais facilmente as raízes.Para indivíduos adultos resulta em algumas situações, o descasque desde cerca de 70 a 100cm, até ao solo ou então a extracção de um anel de cerca de 3 a 4cm de espessura. O Descasque deve ser feito numa época em que as condições sejam favoráveis ao cruzamento de forma a que o câmbio vascular esteja a produzir células activamente e portanto seja mais fácil o descasque da casca.É importante também que não permaneçam árvores saudáveis, não controladas nas proximidades, pois há possibilidade de contacto entre raízes facilitando assim a sobrevivência das árvores descascadas.
4.2· Controlo físico e químico:
Fazer um corte tão rente ao solo quanto possível e pincelagem imediata da touca com hérbicida.As experiências feitas em algumas áreas têm mostrado melhores resultados com glifosato.Se houver rebentamentos, os rebentos devem ser arrancados ou cortados quanto atingirem de 15 a 30cm, repetindo várias vezes até que o vigor diminua. Alternativamente podem ser eliminados através da pulverização nas folhas, com glifosato diluído em água a 2%.
4.3· Controlo biológico:
O gorgulho Melantarius acaciae que se alimenta de sementes de A. melanoxylon, foi introduzido na África do Sul em 1986, verificando-se actualmente danos extensos na espécie alvo.Esta técnica ainda não é utilizada em Portugal com medo de prejudicar as espécies nativas.


Monday, December 11, 2006











A Viagem de Beagle
A viagem do Beagle durou quatro anos e nove meses, dois terços dos quais Darwin esteve em terra firme. Ele estudou uma rica variedade de características geológicas, fósseis, organismos vivos e conheceu muitas pessoas, entre nativos e colonos. Darwin colectou metodicamente um enorme número de espécimes, muitos dos quais novos para a ciência. Isto estabeleceu a sua reputação como um naturalista e fez dele um dos precursores do campo da Ecologia, particularmente a noção de Biocenose. Suas anotações detalhadas mostravam seu dom para a teorização e formaram a base para seus trabalhos posteriores, bem como forneceram visões sociais, políticas e antropológicas sobre as regiões que ele visitou.
Durante a viagem, Darwin leu o livro "Princípios da Geologia" de Charles Lyell, que descrevia características geológicas como o resultado de processos graduais ocorrendo ao longo de grandes períodos de tempo. Ele escreveu para casa que via formações naturais como se através dos olhos de Lyell: degraus planos de pedras com o aspecto característico de erosão por água e conchas na Patagónia eram sinais claros de praias que haviam se elevado; no Chile, ele experimentou um terramoto e observou pilhas de mexilhões encalhadas acima da maré-alta o que mostrava que toda a área havia sido elevada; e mesmo no alto dos Andes ele foi capaz de colectar conchas. Darwin ainda teorizou que atóis de coral iam se formando gradualmente em montanhas vulcânicas à medida que estas afundavam no mar, uma ideia confirmada posteriormente quando o Beagle esteve nas ilhas Cocos (keeling).
Na América do Sul, ele descobriu fósseis de animais extintos como o megaterium e o gliptodonte em camadas que não mostravam quaisquer sinais de catástrofe ou mudanças climáticas. Naquele tempo, ele pensava que aquelas eram espécimes similares às encontradas na África mas, após a sua volta, Richard Owen lhe mostrou que os fósseis encontrados eram mais similares a animais não extintos que viviam na mesma região (preguiças e tatus). Na Argentina, duas espécies de ema viviam em territórios separados mas compartilhavam áreas comuns. Nas ilhas Galápagos, Darwin descobriu que cotovias (mockingbirds) diferiam de uma ilha para outra. Ao retornar à Inglaterra, foi lhe mostrado que o mesmo ocorria com as tartarugas e tentilhões. O rato-canguru e o ornitorrinco, encontrados na Austrália, eram animais tão estranhos que levaram Darwin a pensar que "Um incrédulo... poderia dizer que 'seguramente dois criadores diferentes estiveram em acção". Todas estas observações o deixaram muito intrigado e, na primeira edição de "A Viagem do Beagle", ele explicou a distribuição das espécies à luz da teoria de Charles Lyell de "centros de criação". Em edições posteriores, ele já dava indicações de como via a fauna encontrada nas Ilhas Galápagos como evidência para a evolução: "é possível imaginar que algumas espécies de aves neste arquipélago derivam de um número pequeno de espécies de aves encontradas originalmente e que se modificaram para diferentes finalidades".
Três nativos foram trazidos de volta pelo Beagle para a Terra do Fogo. Eles tinham sido "civilizados" na Inglaterra nos dois anos anteriores, ainda que os seus parentes parecessem à Darwin selvagens pouco acima de outros animais. Em um ano, entretanto, aqueles missionários voltaram ao que eram e, de fato, preferiam esta condição uma vez que não quiseram retornar à Inglaterra. Esta experiência somada a repulsa de Darwin pela escravidão e outros abusos que ele viu em vários lugares, tais como o tratamento desumano dos nativos por colonos ingleses na Tasmânia, o persuadiram de que não há justificativa moral para maltratar outros homens baseado no conceito de raça. Ele passou então a acreditar que a humanidade não se encontrava tão distante dos outros animais como diziam seus amigos do clero.
Abordo do barco, Darwin sofria constantemente de enjoo. Em Outubro de 1833 ele pegou uma febre na Argentina e em Julho de 1834, enquanto retornando dos Andes a Valparaíso, adoeceu e ficou um mês de cama. De 1837 em diante, Darwin passou a sofrer repetidamente de dores estomacais, vómitos, graves tremores, palpitações, e outros sintomas. Estes sintomas se agravavam particularmente em épocas de estresse, tais como quando tinha de lidar com as controvérsias relacionadas à sua teoria. A causa da doença de Darwin foi desconhecida durante a sua vida e tentativas de tratamento tiveram pouco sucesso. Uma ideia esposada por Kettlewell e Julian Huxley, no início da década de 1960, defende que ele contraiu a Doença de Chagas ao ser picado por um insecto na América do Sul. No entanto, os autores reconhecem que especialistas nessa doença indicam que não há concordância dos sintomas de Darwin com os da doença. Outras possíveis causas incluem problemas psicológicos e a doença de Ménière.


Charles Darwin


Naturalista britânico. Inicia estudos de Medicina e de Teologia, mas em 1831, aprende bastante de Botânica, Entomologia e Geologia, é recomendado para uma expedição científica a bordo do Beagle. A volta ao mundo do Beagle dura cinco anos, durante os quais Darwin forma a sua colecção de naturalista, acumula observações práticas e modifica os postulados teóricos básicos da ciência biológica da época. Aos 27 anos, de regresso a Inglaterra, decide dedicar a sua vida à ciência. Em 1842, com a herança paterna, retira-se para uma casa no campo, onde vive consagrado ao estudo até à morte.

No estudo A Origem das Espécies formula a teoria da evolução dos seres vivos mediante uma selecção natural que favorece nos indivíduos variações úteis na luta pela existência; estas variações transmitem-se, reforçadas, aos descendentes.
Charles Darwin formula a doutrina evolucionista, segundo a qual as espécies procedem umas das outras por evolução. Em virtude da selecção natural sobrevivem os indivíduos e as espécies melhor adaptados. Estas ideias revolucionam as concepções biológicas da sua época.
A esta obra segue-se A Origem do Homem, em que aprofunda a sua teoria sobre a descendência do homem e do macaco de um antepassado comum. Por formular estas ideias vê-se violentamente combatido pelas mais diversas correntes religiosas, que vêm no homem a imagem de Deus. Consequentemente, em redor do pensamento de Darwin cristalizam as polémicas vitorianas sobre a natureza social, metafísica e fisiológica do homem.

O impacto desta obra é imediato e sensacional. O público culto já está introduzido na concepção da evolução, mas o facto de um cientista respeitado contribuir com tal quantidade de evidências para provar esta ideia revolucionária convence um grande número de cientistas importantes, de modo que, por muitos oponentes que tenha, a opinião geral torna-se favorável. Darwin tem uma influência decisiva sobre a literatura da segunda metade do século xix e contribui involuntariamente para o advento do naturalismo literário.

Sunday, October 08, 2006



ADN (ou à inglesa, DNA) é o acrônimo ácido desoxirribonucléico (desoxirribonucleico, na ortografia africana e europeia). O acrônimo em inglês DNA significa deoxyribonucleic acid.
O DNA é a molécula
orgânica que quando transcrita em RNA, tem a capacidade de codificar protéinas. Tem a forma parecida com uma escada espiral cuja disposição dos degraus se dá em quatro partes moleculares diferentes. Esta disposição constitui as chamadas quatro letras do código genético.
O que é DNA? É uma molécula, que reproduz o código genético, é responsável pela transmissão das características hereditárias de cada espécie, quer seja nas plantas, nos animais (incluindo o homem) ou nos microrganismos. A molécula do DNA é formada por fosfato e açúcar e por seqüências de quatro bases nitrogenadas: adenina (A), timina (T), citosina (C) e guanina (G), ligadas por pontes de hidrogênio, formando uma dupla hélice. O DNA de todas as células do corpo humano é equivalente, em comprimento, a 8 mil vezes a distância da Terra à lua.